Segundo José Manuel
Moran, doutor em Ciências da Comunicação, com habilitação em Rádio e Televisão
pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, “Educação à distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por
tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou
temporalmente”,
Há tempos, ela tem sido uma modalidade de enorme eficiência nas Universidades
“Aberta” da Inglaterra, com a contratação dos melhores professores
do Reino Unido e na “Nacional à distância” da Espanha.
No entanto, só atualmente, as instituições tradicionais no mercado globalizado,
oferecem mais de cem cursos vinculados ao presencial, um modelo predominante no
Brasil.
A princípio, teve sua imagem voltada para a lembrança do ensino
por correspondência do século XX. Depois, aos telecursos do ensino
fundamental/médio e profissionalizante, mas com a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, nos seus
artigos 80 e 87, legalizou-se de fato a educação à distância, quando conferiu o
mesmo valor dos presenciais. Assim, provocou um aumento de ofertas nas
universidades públicas e particulares, com o desafio de fazer do ambiente
virtual, um local riquíssimo de aprendizagem.
Na verdade, o curso não seria um "fast-food
em que o aluno se serve de algo pronto”, como dizem alguns críticos. Ele apresenta
um “equilíbrio entre as necessidades e
habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual”, como
argumentam seus defensores. Por isso, cada vez mais existe uma tendência
internacional do uso dessas “práticas
educacionais”.
Segundo
o livro “ABC da EaD: educação a distância”
da jornalista Carmen Maia e do professor João Mattar – “(...) é necessário que os professores sejam devidamente preparados em
termos pedagógicos e tecnológicos para a EaD, ao compreenderem suas
possibilidades, características e potencialidades.” Dessa forma, o profissional necessita alterar por completo seu
relacionamento com os aprendizes. Sua função de transmitir conhecimento pode
acontecer a qualquer momento, porque a comunicação acontece na escola, no
correio eletrônico ou mesmo em uma conversa na internet. Além dos estudantes desenvolverem
“quando”, “como” e “onde” estudar, ou
seja, adquirirem “autodisciplina”.
Enfim,
diante das transformações no ensino/aprendizagem com a educação à distância, há
a necessidade de uma reflexão das orientações do escritor Bill Gates em seu livro
“A Estrada do Futuro”, no capítulo “educação”: “Os grandes educadores sempre souberam que aprender não é algo que você
faz apenas na sala de aula ou sob a supervisão de professores. Hoje, é por
vezes difícil para quem quer satisfazer sua curiosidade ou resolver suas
dúvidas encontrar a informação apropriada. A estrada dará a todos nós acesso a
informações aparentemente ilimitadas, a qualquer momento e em qualquer lugar
que queiramos. É uma perspectiva animadora porque colocar essa tecnologia a
serviço da educação resultará em benefício para toda a sociedade.” TEACHERV
JOANI C. P. – TWITTER – @teachervjcp