Nas
últimas décadas, os brasileiros perceberam deficiências nos sistemas
educacionais. Principalmente, porque os projetos dos governos para a área são sempre
divulgados com destaque pelos seus órgãos de imprensa. Entretanto, eles não têm
alcançado seus objetivos pelo aumento considerável das dificuldades de
aprendizagem dos estudantes.
Na verdade, os responsáveis não são somente os planos políticos equivocados,
mas as enormes modificações sociais no decorrer dos tempos. Dentre elas, a
evolução tecnológica e uma maneira de pensar menos autoritária e sem regras, as
quais provocaram uma mudança no comportamento dos aprendizes, com sua “materialização no contexto escolar”.
Isso se transformou em “(...) um ponto de
dificuldade e insegurança entre professores e agentes escolares de forma geral,
configurando em forma de comprometimento do processo ensino-aprendizagem”. De
acordo com o professor da Universidade de São Paulo Moacir Gadotti, em seu
livro “Perspectivas atuais da educação”
Além disso, existe a falta de sistemas
de ensino que atenda às demandas do século XXI e a ausência de matrizes
teóricas para os professores caminharem em tempos de rápidas e profundas
mudanças. Em virtude das informações serem atualizadas em questão de segundos, a
sala de aula vem se transformado em um ambiente de pouca importância aos alunos.
Assim, as redes sociais aos poucos se tornam mais importante para o aprendizado
em detrimento até do universo escolar.
Diante dessa realidade, a educação no Brasil necessita repensar suas
ações e para tanto, fazer uma análise dos seus conceitos
didático-metodológicos. Segundo as últimas pesquisas do doutor Ladislaw Dowbor,
professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo “(...) será preciso trabalhar em dois tempos: o tempo do passado e o
tempo do futuro. Fazer tudo hoje para superar as condições do atraso e, ao
mesmo tempo, criar as condições para aproveitar amanhã as possibilidades das
novas tecnologias (...). Assim, a
escola deixará de ser apenas “lecionadora” para ser “gestora do conhecimento”.
Para
auxiliar nesse processo, um estudo da Horizon
Report Brasil apresenta algumas ferramentas tecnológicas a serem usadas nas
próximas décadas como os “ambientes colaborativos, aprendizagem baseada em jogos,
dispositivos móveis representados por celulares e tablets, redes, geolocalização, aplicativos móveis, conteúdo
aberto, inteligência coletiva,
laboratórios móveis, ambiente pessoal de aprendizagem e aplicações semânticas.”
No
entanto, além desses aparatos, o Futuro da Educação deve voltar-se para um
padrão que procure desenvolver competências
e habilidades essenciais aos educandos, com o objetivo de compreenderem e refletirem a
respeito de sua realidade. Por isso, o doutor Moacir Gadotti ressalta a
importância dos educadores nesse contexto
exercerem a função de “(...) um
mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua própria
formação. Ele precisa construir conhecimento a partir do que faz e, para isso,
também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos
sentidos para o que fazer dos seus alunos”. Teacherv Joani C. P. – TWITTER: @teachervjcp