O CAMINHAR NA DEPENDÊNCIA DIVINA

O austríaco Karl Rabeder de 47 anos doou toda sua fortuna. Ela era avaliada em torno de 4,7 milhões de dólares. Segundo ele, sua riqueza e gastos excessivos o levaram a caminhos irreais e infelizes. Ao ser entrevistado revelou o segredo de sua atitude: “Sentia que estava trabalhando como escravo para coisas que não desejava e nem precisava. Foi o maior choque da minha vida perceber como o estilo de vida “cinco estrelas” era horrível, cruel e sem sentimento”. Hoje, sua doação financia inúmeras instituições na América Latina.

O Rei Salomão no livro de Provérbios, no capítulo 4, convida os indivíduos a refletirem cuidadosamente como o milionário austríaco. O texto apresenta como seria o caminhar na dependência divina: “(...) Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos e vive” (v.4); “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem às fontes da vida” (v.23) e “Pondera a vereda dos teus pés, e todos os teus caminhos sejam retos” (v.26). Diante dessa verdade, existe um alerta para as decisões tomadas e direções seguidas pelo homem.

Isso recorda a história de Dick Hoyt e de seu filho Rick, com necessidades especiais, pois eles formaram uma equipe esportiva. Ambos participaram de maratonas e outras competições. O menino ao nascer teve o cordão umbilical preso ao pescoço e como consequência, a falta de oxigênio em seu cérebro. Entretanto, os pais ignoraram o destino traçado pelos médicos de que o garoto teria uma vida vegetativa. Aos 12 anos com um computador especial, além dos movimentos da cabeça, começou a pronunciar as primeiras palavras “Go Bruins”. Diante do seu comportamento, descobriram a paixão pelo time de hóquei no gelo “Boston Bruins” e o gosto pelos esportes.

Todos percebem as dificuldades da participação do pai e do filho na prova de triatlo Ironman de 3.8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida. Dick nadou e puxou Rick em um barquinho. Na hora de andar de bicicleta, o jovem o acompanhou no seu assento e ao correr, o empurrou na cadeira de rodas. Ele dependia de seu pai para finalizar o trajeto da prova. Na verdade não a realizaria sem seu auxílio. Do mesmo modo, ninguém pode concluir a corrida da existência humana pelos próprios méritos, mas na total submissão a Deus, pois “a fé conecta a fraqueza humana à força divina”.

Portanto, ao caminhar na dependência divina o homem terá o Seu amor protetor, conforme a carta de São Paulo aos Romanos 8:37-39: “(…) somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”; “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Além dos recursos espirituais da Sua armadura como destaca a carta de São Paulo aos Efésios 6:13: “(...) tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis”. Enfim, somente no Pai celestial existe a verdadeira segurança, porque não se encontra na ausência de perigos, mas na presença de Deus. Teacherv Joani C.P. - Twitter: @teachervjcp - E-mail: teachervjcp@outlook.com