Nos
tempos do Velho Oeste americano, segundo o escritor de faroestes Stephen Bly
havia dois tipos de amigos: “os que fogem e os que permanecem ao seu lado.
Ao primeiro sinal de perigo, aqueles que fogem, desapareceriam — abandonando-o
diante de qualquer perigo que você enfrentasse. No entanto, aqueles que
permanecem, ficariam com você sob quaisquer circunstâncias”. De fato, nós não sabemos quem são
os nossos até os momentos difíceis.
Em vez de
estar somente atento a isso, também necessitamos avaliar como nós temos sido
leais aos nossos companheiros. No término de seu ministério o apóstolo São
Paulo esperava a sua morte. No entanto, antes da sua execução, muitos o
abandonaram. Em sua última carta de II Timóteo, mencionou a fuga de Dimas, mas
fez questão de deixar registrado: “Somente
Lucas está comigo”. Por um lado, triste com o abandono, mas por outro,
reconfortado, porque não estaria só naquele momento de provação.
No livro
de Provérbios, no capítulo 17, em seu verso 17, o texto nos orienta para “em todo tempo amar o amigo”.
Principalmente, nas horas de adversidade, pois precisamos de alguém para
confiar, além de juntos derramarmos nossas lágrimas. Qual tem sido nosso
comportamento quando as pessoas próximas a nós atravessam vales sombrios? Nunca
devemos esquecer um provérbio americano: “Um
verdadeiro amigo permanece conosco em tempos de provações”.
No Velho
Testamento, vemos esse exemplo real na amizade de Jônatas e Davi. Eles eram
leais e ajudavam um ao outro quando ambos enfrentavam dificuldades (I Samuel
19:1,2; 20:12,13). O relacionamento teve sua fase crucial quando Davi fugia do
Rei Saul, pai de Jônatas. O livro de Samuel apresenta sua atitude ao fazer a
seguinte narrativa: “Então, se
levantou Jônatas, filho de Saul, e foi para Davi, a Horesa, e lhe fortaleceu a
confiança em Deus” (I Samuel
23:16). Com certeza, os amigos auxiliam o fortalecimento em Deus nas horas mais
complexas da vida.
Enfim, em
um contexto social cada vez mais voltado para os relacionamentos de interesse,
sejamos mais concentrados no que podemos oferecer de forma sincera e verdadeira
aos nossos amigos. João Crisóstomo (347-407d.C.), arcebispo de Constantinopla
ainda destacou que “como as flores deixam cair suas suaves folhas no chão ao
seu redor, assim os amigos derramam graça nos lugares em que habitam”. Por isso, Jesus Cristo demonstrou e
ensinou como deve ser a nossa atitude ao dizer: “Ninguém tem maior amor do que
este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (Evangelho de São João 15:13). Teacherv Joani C. P. – Twitter: teachervjcp – E-mail:
teachervjcp@outlook.com