Um indivíduo tremendamente agitado
conversa com o filósofo Sócrates:
– (...) Tenho algo para dizer (...)
–
Espera! (...) passastes pelos três coadores? – interrompeu o sábio.
– Três coadores? – perguntou admirado!
–
Sim. O primeiro é a verdade. Tens certeza de sua veracidade? –
destacou o intelectual.
– Com segurança, não posso. Ouvi
contar, e (...)
– Bem, certamente o fizeste coar pelo
segundo, a bondade. Ainda que não seja verdadeira, pelo menos é
algo bom (...)? – contestou-lhe o mestre.
– Não, pelo contrário (...) – respondeu
o homem.
–
Ah!(...) – interrompeu o sábio.
– Procuremos então
pensar no terceiro, e avaliemos se é útil o que te agita!
– reafirmou o pensador.
– Útil? Não, não é (...) – refutou o
indivíduo, de maneira impaciente e com um tom envergonhado!
– Bem! Se o que deseja falar não é “verdadeiro”,
“bom” e nem “útil”, esqueçamos o caso e não nos preocupemos
com isso (...) – destacou com grande sabedoria!
Na verdade, “A
morte e a vida estão no poder da língua” (Provérbios 18:21). As
palavras (não só o que fala, mas como fala) podem destruir o próximo, porque
com elas critica-se, difama-se, fofoca-se, contende e até reclama-se. Por
vezes, as colocações são duras, ou mesmo insistentes demais, tornando
semelhantes a uma goteira intermitente. Podem afastar amigos íntimos e em
inúmeras oportunidades separar um casal e até os filhos dos pais. Por isso, o
apóstolo São Tiago a compara com o “fogo” e “veneno
mortífero”. Ele ainda mostra quão terrível é, pois com ela bendize a
Deus e ao mesmo tempo amaldiçoa aos homens, feitos à Sua imagem e semelhança
(São Tiago 03:06,08-09). Enfim, existe o medo de abrir a boca para falar!
Além do mais, o rei
Salomão diz em Provérbios 10:19 “No muito falar não falta transgressão
, mas o que modera os seus lábios é prudente”: e que “até o
estulto, quando se cala, é tido por sábio(...)” ( Provérbios 17:28).
Ainda por cima, há o destaque para o apóstolo São Tiago quando encoraja o
homem a ser “pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tiago
01:19). O criador concedeu dois ouvidos e “somente” uma boca
ao ser humano! Apropriadamente deve escolher as colocações, as quais podem
servir “como remédio”.
Dessa maneira, “a
língua dos sábios adorna conhecimento” (Provérbios 15:02). “Não
saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e, sim, unicamente a que for boa para
edificação, conforme a necessidade, e, assim transmita graça aos que ouvem” (Carta
do apóstolo São Paulo aos Efésios 04:29). Deve-se pedir a Deus que mostre como
ter lábios graciosos, quando comunica graça ao perdoar e nunca revela
confidências pessoais do seu semelhante.Por isso, quando a esposa ou marido
esperarem uma reclamação, para sua surpresa, demonstre gratidão. Ademais, os
filhos precisam ouvir palavras de encorajamento e apreciação em lugar de só
receberem críticas, porque deve usar os lábios para orar “por” e “com” eles,
além de beijá-los. “Talvez, fala-se demais e demonstre carinho de menos!” Entretanto,
muitas vezes há o esforço sobremaneira para usar a língua na hora certa, mas
aparecem as falhas. Todavia, o homem é feliz por ter um Deus capaz de realizar
o impossível! E, neste exato momento a oração deve ser feita: “Põe guarda,
Senhor, à minha boca: vigia a porta dos meus lábios”. (Salmo 141:03). TEACHERV
JOANI C.P. – TWITTER: @teachervjcp