A
falta de respeito às autoridades está presente em todos os espaços sociais. Os
estudiosos observam sua origem (...) “na Infância
– num lar onde os pais negligenciam o controle da autoridade, a criança se
desenvolve com uma natureza rebelde. Depois, na adolescência – convivendo com
coleguinhas resistentes ao controle da autoridade, o adolescente tenderá a
assumir um espírito de rebeldia. Se não houver uma correção, as consequências
virão na Idade adulta”.
Devido
a isso, a falta de limites tem sido um dos problemas mais sérios da família
contemporânea. Em uma mudança de posições, cada vez mais os filhos “mandam” e
os pais ficam à mercê de suas vontades. O filósofo Dante Donatelli, em seu
livro ‘A vida em família - As novas
formas de tirania’, afirma que “Cada
vez mais os adultos se sentem menos preparados a serem responsáveis, e, por
conseguinte, terem autoridade diante dos seus filhos. Pai é pai, e não amigo”.
A
grande questão tem sido debatida em todas as classes sociais: Como orientá-los
com valores éticos, morais e cristãos? O apóstolo São Paulo, em sua carta aos
Efésios escreve com profundidade a respeito do assunto, com a seguinte
observação: “E vós pais, não provoqueis
vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios
06:04). Infelizmente, a “liderança
familiar tem provocado seus filhos à ira”, com brigas e discussões
constantes, envolvidas em um sentimento de rancor e ódio.
Deus
estabeleceu os pais como autoridade em relação aos seus filhos. Nenhum pai tem
respeito quando não cumpre às regras estabelecidas. Na verdade, o ato de cobrar
obediência, sem o amor, provocará a perda de seu valor paternal. Além disso, a
hipocrisia é observada, principalmente nos adolescentes. Seria fundamental
reconhecer os erros e pedir perdão, porque um comportamento assim pode
restaurar o relacionamento familiar.
Alguns,
quando estão com o temperamento alterado procuram disciplinar e em muitos casos
“descontam nos filhos”. O autor da
carta aos Hebreus 12:11 ressalta que sem amor, a disciplina não “(...) produz fruto pacífico”. O
fundamental é estabelecer uma ótima comunicação no lar. Tudo deve ser regido
por normas claras, quando transgredidas e houver punição, todos estão
conscientes dos seus erros.
Ademais,
é necessário ouvir os filhos e sempre estar sensível às suas carências. Eles
necessitam da atenção e encorajamento, mas tomar o máximo de cuidado com as
reclamações: “os meus pais somente
criticam...”! Lembre-se que eles esquecem às advertências com facilidade,
mas a aprovação marcará suas vidas para sempre.
No
livro de Deuteronômio 06:01-09, há uma orientação aos pais para exercerem sua
autoridade em relação aos filhos. O texto sugere algumas perguntas: Deus é o
primeiro na sua vida? Tem orientado os filhos a viver segundo os padrões
bíblicos? O contato diário com eles, “assentado
em sua casa”, “andando pelo caminho”
ou mesmo “quando vão dormir”,
estabelece um diálogo a respeito das coisas espirituais? Portanto, sem o temor
de Deus, ou seja, o “respeito a Ele”,
jamais os filhos aceitarão à autoridade dos pais ou mesmo de qualquer pessoa
colocada em seu caminho.Teacherv Joani C.P. - TWITTER: @teachervjcp