Na sala de audiência, enquanto esperava
sua causa ser apresentada ao juiz, Geraldo escutou histórias, uma após outra,
de pessoas que perderam suas casas. Muitas passaram pela experiência como se
estivessem familiarizadas com o fato. Mas, uma mulher chamada Leila parecia
desnorteada. Geraldo achou que ela não sabia o que fazer ou para onde recorrer.
Ele tentou silenciar a voz calma em seu
interior que o incitava a ajudar, mas não conseguiu. Pensou em muitas razões
para não se envolver. Primeiro, puxar conversa com estranhos não era seu ponto
forte; segundo, ele receava ser mal interpretado. Mas, achou que a instigação
vinha de Deus e não quis arriscar ser desobediente.
Quando Geraldo viu Leila deixando a
sala do tribunal, falou com ela. “Senhora”, disse ele, “escutei seu testemunho
na sala de audiência e creio que Deus deseja que eu lhe ajude”.
No início, Leila suspeitou, mas Geraldo
assegurou-lhe sobre sua sinceridade. Ele deu alguns telefonemas e colocou-a em
contato com pessoas de uma igreja local que prestaram a ajuda que ela precisava
para manter sua casa.