“Desta vez teremos que ser coletivamente
humildes e escutar o que a própria natureza, aos gritos, nos está pedindo:
renunciar à agressão que o modelo de produção e consumo implica”. (Leonardo
Boff). Em pleno século
XXI, o teólogo deseja refletir sobre o quanto o ser humano destrói o planeta
terra. Então, assiste-se a extinção de espécies, a desflorestação pelo efeito
da urbanização e da agroindústria, a poluição industrial, as mudanças climáticas
que estão a preocupar todas as pessoas. Enfim, o homem
deixou de ter um comportamento de usuário.
Segundo avaliação do Worldwatch Institute (www.wwiuma.org.br): “(...)
em um único dia a humanidade e suas máquinas jogam na atmosfera mais gás
carbônico que todos os seus antepassados em um século. Análises de amostras
coletadas de ar encapsulado no gelo do Ártico, datadas conforme sua
profundidade, confirmam essa avaliação. Centenas de espécies de peixes
comestíveis foram extintas em apenas trinta anos pela pesca industrial, que usa
satélites para localizar cardumes e redes tão descomunais que poderiam engolfar
um prédio de quarenta andares”.
Na verdade, transformou-se em um administrador
descuidado, sem limite para agir quando tem um comportamento injusto na
distribuição equilibrada das riquezas e na degradação ecológica. Em virtude
disso, a própria criação anseia por sua libertação conforme o apóstolo São
Paulo na sua carta aos Romanos, capítulo primeiro, nos versículos vinte até o
vinte e dois ao ressaltar: “Porque a criação ficou sujeita à
vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de
que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade
da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está
juntamente com dores de parto até agora”.
Além do mais, há limites para utilizar os
bens naturais e eles estão intimamente ligados ao respeito aos seres criados
por Deus. Por isso, o apóstolo São Paulo na sua primeira carta aos Coríntios,
capítulo primeiro, versículo seis, destaca que ninguém é dono do seu próprio
corpo: “Ou não sabeis que o
vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de
Deus, e que não sois de vós mesmos?”.
Sem deixar de ressaltar que o Senhor Jesus Cristo trouxe a mentalidade do amor
no evangelho de São Marcos, capítulo doze, versículos trinta ao afirmar: ”Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o
teu coração (...) Amarás o teu próximo como a si mesmo (...)”.
Portanto,
a visão de preservar à natureza tem grandes implicações. Somente o amor de Deus no coração do homem é
a única solução aos problemas ecológicos. Assim, os acordos internacionais como
a Carta da Terra, a Agenda 21, o Protocolo de Kioto, a Conferência de
Copenhagen e a (COP-17), em Durban,
África do Sul, seriam assinados e todos compartilhariam de uma vida digna para
si e seu semelhante.
Teacherv
Joani. C.P. – TWITTER – @teachervjcp