A palavra ansiedade está presente há milênios na história dos povos. O seu primeiro uso como
conhecemos veio do alemão: “Angst”; originário do grego/latim: “angor” e do
egípcio “ankh”. Naquela época, era o nome dado ao símbolo do sopro da vida, ou
seja, “a primeira tomada de ar de uma
criança no momento do nascimento – sua raiz antiga estava relacionada à
respiração – ou à sua falta”. A idéia de “era da ansiedade" nasceu antes do computador, internet ou celular.
Na verdade, podemos observá-la pela primeira
vez em 1947, em um poema do inglês Wystan Hugh Auden, que, desiludido com a
humanidade depois da 2ª Guerra Mundial, “criticou
o homem e sua busca sem sentido por significado”. Em 1967, o doutor Aubrey
Julian Lewis, professor do Instituto de Psiquiatria de Londres, a descreveu
como “um estado emocional com a qualidade
do medo, desagradável, dirigido para o futuro, desproporcional e com
desconforto subjetivo”. Hoje, temos mais de 300 mil livros e 100 mil
artigos científicos a respeito do tema, por isso o seu número cresce
diariamente.
Devido a isso, há mais de dois mil anos
atrás, o apóstolo São Paulo ofereceu a nós uma maneira para combatê-la quando
disse: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; porém, sejam conhecidas diante
de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. E a
paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as
vossas mentes em Cristo Jesus" (Filipenses 04:06-07 ).
A oração é o caminho para nossa liberdade
desse mal tão presente no cotidiano do século XXI. Ela foi o recurso ensinado e
praticado por Jesus Cristo ao viver entre nós. De maneira bem realista, espontânea;
uma comunhão singela, a qual resulta em uma paz interior e a certeza de que
Deus está no pleno controle de todas as circunstâncias da nossa vida.
Ao fazê-la, falemos da preocupação
presente em nosso coração, como quem descarrega para um amigo, todas as
alegrias e dores. Contemos os problemas, a fim de Deus confortar-nos. Narremos
às tentações, porque Ele pode dar proteção; mostremos as feridas da alma, pois
somente Sua ação divina produzirá nossa cura interior.
Além do mais, devemos nunca deixar de
explicar nossas indiferenças, para com o bem, inclinação para o mal e as
instabilidades das nossas emoções. Destaquemos nosso egoísmo, levando a amar
somente a nós mesmos, tornando um ser injusto para com o próximo. Ainda por
cima, nossa vaidade tenta a sermos insinceros e o nosso orgulho nos ‘mascara’,
fazendo conosco algo terrível e não enxergamos quem somos para nós mesmos. Por
isso, os indivíduos ao nosso redor ficam com uma imagem falsa da nossa pessoa.