Em
contrapartida, no século XXI, a “onda consumista” levou o homem a comprar
produtos e serviços sem necessidade e consciência. Dessa forma, surgiu a
chamada “Sociedade de Consumo”, a qual não pensa nas carências do seu
semelhante. Há exemplos assustadores como nos Estados Unidos, o valor das
compras feitas por crianças e adolescentes atinge 30 bilhões de dólares. Sem
deixar de mencionar que no noroeste da Alemanha, os alemães, holandeses e
belgas podem chegar ao Shopping Center de Oberhause, um paraíso de consumo do
tamanho de 200 campos de futebol. Enquanto isso, 70 milhões de africanos não sabem
de onde virá a sua próxima refeição. Nunca houve “tanta” riqueza e “tanta”
pobreza como nos dias atuais.
Diante dessa
realidade, o rabino Henry Sobel afirmou que “A obsessão do ser humano contemporâneo por posses materiais nada mais é
do que um sintoma exterior de uma profunda fome interior, uma fome que não
provém do estômago e sim do espírito”. Na verdade, é a instalação de um
‘buraco negro’ na alma. “Tudo que cai
nele desaparece e não há nada que sacie o desejo de engolir o mundo material,
especialmente as ofertas de mercado”, conforme destacou o escritor Caio
Fábio D’Araujo. Na verdade, o Consumismo, não o necessário e moderado, destrói
por completo a sensibilidade social e rouba a atenção, o futuro e os recursos
que deveriam ser aplicados no sofrimento alheio. Isso demonstra a importância
da educação transformar o contexto social.
O teólogo
Leonardo Boff afirmou: “Desta vez teremos que ser
coletivamente humildes e escutar o que a própria natureza, aos gritos, nos está
pedindo: renunciar à agressão que o modelo de produção e consumo implica”. Ele
deseja uma reflexão sobre o quanto o homem destrói o planeta Terra.
Então, assiste-se a extinção de espécies, a desflorestação pelo efeito da
urbanização e da agroindústria, a poluição industrial, além das mudanças
climáticas que estão a preocupar todas as pessoas. Por isso, o homem deixou de ser educado para um comportamento de usuário e transformou-se
em um dono descuidado, sem regras para sua ação.
Enfim,
há limites para utilizar os bens naturais em relação ao consumismo e eles estão
“intimamente” ligados ao respeito à natureza. Somente através do processo de
ensino/aprendizagem abre-se um caminho para as gerações futuras solucionarem
essas dificuldades. Assim, os acordos internacionais como a Carta da Terra, a
Agenda 21, o Protocolo de Kioto, a Conferência de Copenhagen, a (COP-17), em
Durban, África do Sul e a Rio + 20, no Brasil em 2012, seriam assinados por
todos e a humanidade compartilharia de uma vida digna. TEACHERV JOANI C. P. –
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