Benjamin Franklin,
um dos líderes da revolução norte-americana, para ilustrar a importância das
competências e habilidades, referia-se a um episódio marcante da história do
país. Tudo aconteceu quando os ‘estadunidenses brancos’ assinaram
um acordo pacificador com os índios da conhecida Seis Nações, em Virgínia e
Maryland. Eles sugeriram receber seus jovens para educá-los, mas através
de uma carta, os indígenas recusaram à oferta.
A mensagem
destacava: Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formandos nas escolas do Norte
e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltaram para nós, eles
eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem
o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma
cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente
inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros.
Na verdade, tinham consciência do valor
de uma aprendizagem voltada para as competências e habilidades em benefício do
seu universo social. De uma forma sábia, finalizaram o texto com um convite aos ‘homens
brancos’: “Para mostrar a nossa gratidão, oferecemos aos nobres
senhores que nos enviem alguns dos seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que
sabemos e faremos deles, homens".
Na atual conjuntura internacional,
nenhuma nação poderá conquistar plenamente seu desenvolvimento em todas as
áreas do conhecimento, sem investir em educação. O tema está sempre
em discussões e debates. Apesar de alguma melhora em matemática e ciências nas
avaliações do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), os
estudantes brasileiros ainda não estão bem classificados em nível mundial. Isso
se observa no aumento de analfabetos funcionais em finalização do ensino médio
e ingresso no superior. Sem esquecer que muitos universitários concluem suas
graduações, sem as habilidades e as competências para o exercício profissional.
Diante disso, existe a
necessidade da capacitação inicial dos indivíduos no seio da família pelos
pais, o chamado processo de humanização, com o ensino dos valores éticos e
morais. Posteriormente, a formação escolar complementa o currículo
trazido do próprio lar. Por isso, nos dias atuais, os brasileiros
precisam mobilizar-se em prol de um sistema educacional de qualidade, com o
propósito de “dar um salto” nos próximos anos.
Somente com uma educação que investe nas habilidades e competências dos
cidadãos, o Brasil preparará profissionais especializados para atender a
demanda nacional, além de oferecer qualidade de vida a toda sua população.
Enfim, todos usarão os cintos de segurança nos carros – não dirigirão seus
veículos quando estiverem alcoolizados – “não preocupados com as
multas, mas em preservar sua vida e a de seu semelhante”. Teacherv Joani C. P. - TWITTER: @teachervjcp