Não existe um momento preciso de quando a terminologia passou a ser usada,
mas há tempos tem despertado o interesse dos educadores. Na década de setenta,
surgiram inovações nas práticas de ensino-aprendizagem para formar crianças e
houve o crescimento das universidades abertas. Nos dias atuais, com o
desenvolvimento das tecnologias e a necessidade de qualificar o profissional
para o mercado de trabalho, a educação aberta conquista cada vez mais o seu
espaço.
Na verdade, ela garante ao
aprendiz o direito de decidir o local para o desenvolvimento do seu estudo, pois
ele pode realizá-lo em sua residência, em seu ambiente de trabalho, em uma
instituição de ensino ou até em pólos especializados. Dessa forma, o estudante
trabalha com seu próprio ritmo de aprendizagem e é compatível com seu estilo de
vida.
Para
atender a demanda, foi criada a “Academic
Earth” na Internet, com o propósito de proporcionar um ensino gratuito a
toda a população mundial. São aulas ministradas pelos
melhores professores das universidades americanas de Yale, Stanford, Berkeley,
MIT e Harvard. Assim, os alunos ampliam seus conhecimentos em Ciência
da Computação, Ciência Política, Empreendedorismo, Astronomia, Medicina,
Biologia Química, Direito, Economia, Engenharia e tantos outros. Alguns deles já
estão traduzidos para o português.
Além disso, o movimento procura
compartilhar alguns pontos importantes: “O
conhecimento deve ser livre, gratuito, aberto para uso e re‐uso, acessível a
todos; “Os autores devem receber créditos por
suas contribuições à Educação e à Pesquisa.”; Os conceitos
e idéias estão conectados de forma complexa e não na forma linear com que os
livros texto apresentam. Esse movimento mistura o poderoso potencial
comunicador da Internet e aplica o resultado em materiais de aprendizagem que
incluem: texto, vídeo, simulações interativas e jogos, que podem ser livremente
utilizados e re‐utilizados em novos contextos, por qualquer pessoa.”
Diante
dessas mudanças, a famosa bióloga estadunidense, Dra. Marian Diamond da
Universidade da Califórnia em Berkeley, ressalta a transformação no
comportamento dos profissionais. Ela sentiu muito bem isso, com seus 82 anos de
idade e uma longa trajetória acadêmica, quando ultrapassou os muros
universitários ao receber e-mails de docentes e alunos do Egito que assistiram
às suas aulas virtuais. Assim, a professora definiu o processo: “no passado a maior preocupação da
comunidade acadêmica era com a pesquisa, mas agora os docentes estão se
dedicando a aprimorar a didática, a melhorar as aulas, uma vez que elas estão
expostas globalmente.
Enfim, a Educação
Aberta promete alterar em nível global a maneira como “autores, professores e estudantes interagem.” Principalmente, porque
o alvo das plataformas de conhecimento é o de
proporcionar a milhões de pessoas uma
reflexão mais acurada dos desafios
educacionais. Dessa maneira, a humanidade poderá contribuir para um futuro
melhor para todos. Teacherv Joani C. P. - TWITTER: @teachervjcp