No
Iraque, no dia 04 de dezembro de 2007, um soldado estadunidense servia seu país.
Ele observou que uma granada foi lançada de um telhado para dentro do seu
carro. Na verdade, havia tempo para saltar do veículo e encontrar sua
segurança. Entretanto, preferiu jogar-se sobre o explosivo. Dessa maneira, em
um ato de verdadeiro amor, o americano salvou a vida dos seus quatro
companheiros.
Esta
atitude de autossacrifício leva o homem a compreender “um tipo de amor que é mais
nobre do que possuir grande conhecimento ou fé”, conforme afirma o apóstolo São
Paulo em sua Carta aos I Coríntios 13:1-3: “Ainda
que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o
bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de
profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha
tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E
ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue
o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me
aproveitará”.
Esse
amor não é normal ou comum e nem procede do ser humano. Sua origem está em Deus
que concede ao homem o desejo e a capacidade de sentir pelos outros, um pouco do
Seu afeto inexprimível por toda a humanidade. O provérbio inglês resume bem
isso: “Você pode medir o seu amor por
Deus demonstrando seu amor pelos outros”.
Jesus
contou uma parábola para exemplificar esse ensino: “Um homem que viajava por uma estrada entre Jerusalém e Jericó,
conhecida por ser perigosa. Ele caiu nas mãos de ladrões, foi roubado, agredido
e abandonado como morto. Judeus religiosos (um sacerdote e um levita) passaram
por ali, mas caminharam pelo outro lado, talvez porque temiam ficar religiosamente
corrompidos. Todavia, um samaritano passou e teve compaixão incondicional pelo
desconhecido ferido”. (Evangelho de São Lucas 19)
Seus
ouvintes ficaram perplexos, pois os judeus desprezavam constantemente os
samaritanos. O que socorreu à vítima poderia ter restringido ou condicionado
sua compaixão, porque ele era de outra raça. Porém, não limitou os seus atos de
bondade àqueles a quem considerava dignos. Em vez disso, viu um ser humano
necessitado e decidiu ajudá-lo. O verdadeiro amor era algo real na sua vida.
Será que os indivíduos estão limitando sua bondade àqueles que consideram
merecedores dela? Além do mais, sempre se deve recordar das palavras do
escritor americano Marvin Williams: “Nosso
amor por Deus é tão real quanto o amor que demonstramos ao próximo!”
A
história do jóquei Johnny Longden ilustra muito bem essa verdade. Na década de
1930, foi golpeado no meio de uma corrida.
Enquanto um cavalo de vinha por trás, foi lançado pela lateral de seu
animal. Vendo seu estado, outro companheiro o alcançou e tentou recolocá-lo em
sua montaria. Infelizmente, ele empurrou tão forte que voou por cima do cavalo
para o outro lado. Outro jóquei, próximo, agarrou-o e conseguiu ajudá-lo a
montar novamente com segurança. Surpreendentemente, Johnny venceu a competição.
Um jornal local considerou isso como “a suprema impossibilidade”. As mãos
amigas não somente salvaram-no do ferimento grave e possível morte, mas
permitiram-no conquistar a vitória. Por isso, as pessoas quando exercem o
verdadeiro amor estão dispostas ao sacrifício para estender suas mãos aos
necessitados. Assim, aproveitam todas as oportunidades para demonstrar seu amor
ao próximo. Teacherv Joani C. P. –
TWITTER – @teachervjcp