No processo de treinamento, seus colegas o ridicularizavam pela recusa de disparar um tiro sequer. Além de zombar dele quando lia sua Bíblia ou dobrava seus joelho ao lado de sua cama durante as noites para realizar suas orações. Todavia, em campo de batalha, a história foi totalmente diferente. No Japão, em Okinawa, na Segunda Guerra Mundial em maio de 1945, arriscou muitas vezes sua própria vida para resgatar seus companheiros feridos em combate. Assim, conquistou a gratidão dos que foram salvos e dos seus antigos críticos.
Esse tipo de comportamento foi destacado pelo apóstolo São Pedro quando disse: “Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados” (I Pedro 3:14). Ele os exortou a honrar a Deus em seus corações e a estarem preparados para responder respeitosamente a todos que pedissem explicações sobre a esperança que está neles (v.15). “Retribuir o bem com o bem é humano; retribuir o mal com o bem é divino”.
O Dr. Scott Kurtzman, cirurgião-chefe de um hospital estadunidense, estava em seu caminho para dar uma palestra quando testemunhou um terrível acidente com vinte veículos. Envolvido pela compaixão, o médico abriu caminho entre a montanha de ferragens e gritou: “Quem precisa de ajuda?” Após uma hora e meia de atendimento, as vítimas foram encaminhadas para os hospitais da região, o médico comentou: “Alguém com as minhas habilidades não pode simplesmente ignorar uma pessoa ferida. Recuso-me a viver assim.”
Jesus contou uma parábola a respeito de um homem que interrompeu sua viagem para auxiliar o seu próximo (Evangelho de São Lucas 10:30-37). Um judeu havia sido agredido, despido, assaltado e abandonado à morte. Dois religiosos, um sacerdote e um levita passaram por ali, viram o homem e não deram nenhuma importância a ele. Em seguida, veio um samaritano, viu o ferido e, encheu-se de compaixão, tratou dos ferimentos e o levou para uma hospedaria, cuidou dele enquanto pôde, pagou por todas as suas despesas médicas e prometeu ao proprietário que retornaria para pagar as despesas adicionais.
Muitas vezes existe o pensamento apenas em dinheiro quando a Bíblia nos convida a doar com disposição e generosidade, “(…) porque Deus ama a quem dá com alegria” (2 Coríntios 9:7). Conceder uma oportunidade aos outros e oferecer hospitalidade aos que sofrem é uma generosidade que torna todos os envolvidos vencedores. Portanto, a maneira de doar revela o caráter do doador, mais do que a própria doação, porque a verdadeira compaixão produz ação. Teacherv Joani C.P. – TWITTER – @teachervjcp