Apesar da crise econômica tão presente
nas grandes economias como os Estados Unidos ou mesmo Europa, o Brasil
encontra-se em uma posição privilegiada. Todavia, para desenvolver-se ainda
mais, ele necessita com urgência investir no campo educacional. Por isso, é
essencial oferecê-la com qualidade para ampliar suas conquistas em nível
internacional.
Todos devem recordar que o Plano
Nacional de Educação (PNE) aprovado em 2001 destacava a importância do
investimento de 7% do PIB (Produto Interno Bruto) até 2010. Segundo dados
atuais do Ministério da Educação, o patamar está ainda em 5%. Ainda por cima,
segundo os estudos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação – “o
custo para garantir efeito com um padrão mínimo de qualidade até 2020 é de
10,403% do PIB nacional”.
Na verdade, o problema não é a escassez
de riquezas, o grande entrave tem sido oferecer ações universais capazes de
reduzirem a desigualdade social, pois ocupa o 84º lugar no Índice de Desenvolvimento
Humano, divulgado pelo PNUD das Nações Unidas. O Senador Cristovam Buarque
destacou que a renda per capita anual do brasileiro de 10 mil dólares e o “número
de anos passado na escola é o mesmo de Gana”, na África, cuja renda per
capita anual é de 02 mil e 500 dólares. Segundo ele: “(...) melhorar
educação ajudará melhorar o IDH e a reduzir a violência”.
Segundo estudos recentes do professor
Naercio Aquino Menezes Filho, Doutor em Economia pela Universidade de Londres,
os indivíduos, com ensino fundamental completo ganham “em média três vezes
mais que os analfabetos”. Se eles cursarem o primeiro ano da faculdade “tem
um ganho salarial de quase 150% em relação ao formado no ensino médio e um
rendimento seis vezes maior que o rendimento médio dos analfabetos – aqueles
com ensino universitário apresentam um rendimento médio 12 vezes maior que os
sem escolaridade”. Enfim, os números demonstram que o investimento
educacional oferece um excelente retorno para o país.
Isso tem sido exemplificado na Coreia
do Sul. Há três décadas, sua renda per capita era igual à brasileira, mas
atualmente, é duas vezes maior. Tudo aconteceu com um excelente planejamento e
uma ótima execução. Para cada R$ 1 que o governo gasta com crianças de até 15
anos, ele gasta R$ 0,80 com aqueles com mais de 65 anos. Dessa maneira, o país
oferece um dos melhores ensinos do mundo e 60% dos jovens cursam a
universidade.
Em síntese, através dos estudos do Banco Mundial "as vantagens e as dificuldades brasileiras" são do conhecimento mundial pela "falta de investimento em educação e qualificação profissional". O diretor financeiro da BDO, empresa de consultoria, Jorge Cunha ressalta: "É muito mais caro para uma empresa se instalar num país onde terá de captar funcionários no Exterior". Portanto, a crise econômica internacional ainda não atingiu o país, mas a educacional sim, por isso há urgência dos brasileiros exigirem o máxio de investimento em educação para não estagnar a quinta economia do mundo. Teacherv Joani C. P. - TWITTER: @Teachervjcp