“O dinheiro não traz felicidade, mas não
há dúvida que melhora a disposição de nossos credores”. (C. S.) Não
desejamos estimular a cobiça de ninguém, mas ele tem um papel importante em
nossas vidas. Diante disso, nos lembramos de Joe Louis, o famoso campeão
estadunidense de pesos pesados quando disse: “Na verdade, não gosto de dinheiro, mas ele me acalma os nervos”.
Ao estudarmos os textos bíblicos, temos uma enorme surpresa
do quanto falam a seu respeito. Todavia, nunca se refere a ele como a segurança
do homem: “Não te fatigues para seres
rico; não apliques nisso a tua inteligência. Porventura fitarás os teus olhos
naquilo que não é nada? Pois certamente a riqueza fará para si asas,com a águia
que voa pelos céus”. (Provérbios 23:04-05). Sempre destaca que Deus não se
agrada de um lucro corrupto, do enriquecimento ilícito e da falta de compaixão
em favor dos necessitados.
Entretanto, observamos em nossa sociedade que tanto os ricos
como os pobres sofrem da mesma enfermidade, ou seja, “a inveja dos outros e a ganância de sempre querer mais”. Por
isso, o apóstolo São Paulo afirma: “De
fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos
trazido para o mundo, nem cousa alguma podemos levar dele; tendo sustento e com
que nos vestir, estejamos contentes. Ora os que querem ficar ricos caem em
tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as
quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é a raiz de
todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se
atormentaram com muitas dores” (I Timóteo 06:06-10).
O grande segredo segundo o apóstolo é a piedade, “um caminhar constante com Deus”, mais
contentamento, “uma satisfação e paz
interior”. Isso jamais decorre de coisas externas. Como diz o sábio grego: “Quem não se satisfaz com pouco, não se
satisfaz com nada”. Nada temos trazido para o mundo, e nada podemos levar
dele.
Na peça “Rei Henrique VI”, do dramaturgo inglês William
Shakespeare, o rei anda sozinho pelo seu reino e encontra dois homens que não o reconhecem. Então um deles pergunta: “Mas se tu és o rei, onde está tua coroa?”
O rei responde magistralmente: “Minha
coroa está no coração, e não na cabeça; Não é adornada de diamantes nem de
pedras indianas. Não é visível; minha coroa chama-se contentamento; É uma coroa
que poucos reis a possuem”.
Na verdade, para enfrentarmos o perigo da ganância,
precisamos perceber os verdadeiros valores da existência humana, e a suprema importância
de se estar contente com o que tem, em vez de sentir-se insatisfeito e sempre buscar
mais. Ademais, nunca depositar a esperança na instabilidade das nossas posses.
Enfim,
lembremos de algo ensinado pelos nossos pais quando éramos crianças. “O
dinheiro pode comprar o remédio, mas
não a saúde. A companhia de pessoas,
mas não os amigos. As diversões, mas
não a felicidade. O alimento, mas
não o apetite. A cama, mas não o sono. O crucifixo, mas não o Salvador. A boa vida, mas não a Vida Eterna.” Teacherv Joani C.P. – TWITTER: @teachervjcp