Na edição 2256 da revista semanal “Veja”, publicada no último dia
15 de fevereiro de 2012, foi apresentada à reportagem: “YES, NÓS TEMOS HIGH SCHOOL”! Ela ressaltava (...) “uma novidade que vem se espalhando nas
escolas de ensino médio do Brasil e se destina a garantir aos jovens o inglês
afiado que o mundo de hoje exige e facilitar – e muito – o ingresso numa
universidade no exterior”.
Diante dessa demanda universitária ou mesmo profissional, a
colocação mais comum tem sido: “Perdi a
oportunidade, pois não sei inglês ou mesmo outro idioma”. Ainda por cima,
os dados das pesquisas mais recentes quanto à questão salarial, revelam que um
trabalhador com uma segunda língua recebe 30% a mais, em relação ao fluente em
apenas um.
Na verdade, as pessoas conquistaram uma nova vida, porque passaram
a uma interação com pessoas de todas as partes do mundo. O espanhol oferece um
relacionamento com a América Latina, além da Espanha e alguns países que é
ensinado como segunda língua. O francês, o italiano e o alemão seguem o mesmo
princípio, ampliam os horizontes. Dentre todas as línguas, o inglês é a “porta
internacional”, porque todas as fronteiras foram diluídas no acesso à
informação.
Entretanto, não há escolas “miraculosas” que transformarão os
alunos em falantes em um pequeno espaço de tempo. Tudo depende de esforço, disciplina e do
desejo de aprender. Todos devem tomar consciência de que somente uma sala de
aula com o professor e um livro não é o suficiente. Por isso, existem filmes,
músicas e livros de interesse do aprendiz. Assim, o ensino precisa despertar nos
estudantes o prazer de estudar.
Enfim,
para uma educação com eficiência no ensino de língua estrangeira, alguns mitos
pedagógicos precisam ser enfrentados:
1) “É impossível ensinar em escola pública”
– segundo a pesquisadora da UFMG, professora Deise Prina Dutra: "Há limitações, como a baixa carga
horária, mas um trabalho bem-feito leva a turma a avançar."
2) “Gostoso é aprender sem perceber” – O
professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Luiz Paulo da Moita Lopes
destaca: "Quanto maior o controle da
criança sobre o que faz, mais facilidade ela terá para assimilar os
conteúdos".
3) “É preciso falar como os nativos” –
Maria Antonieta Celani, professora da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo discorda ao argumentar que “Línguas como o inglês e o espanhol são cada
vez mais usadas por quem não nasceu onde esses idiomas são os oficiais”.
4) “Existe um método infalível” – No final
do século passado, modelos internacionais estiveram presentes ao redor do
mundo. Todavia, pesquisadores como o indiano N.S. Prabhu, uma das maiores
autoridades do assunto no século XXI, lançaram a era pós-método ao demonstrar
que sem levar em consideração o contexto local, os métodos são completamente
ineficientes. Teacherv Joani C. Prestes –
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