Segundo
uma antiga fábula, o poeta Íbico caminhava em direção à cidade de Corinto, com
o propósito de assistir um festival musical, quando foi agredido por dois
assaltantes. Nos últimos momentos de sua existência, viu um bando de grous,
voando no alto e gritou para eles vingarem sua morte. Os assaltantes ouviram o
seu clamor, mas não deram a mínima atenção.
A
Grécia toda ficou muito triste com aquela tragédia e desejava punir aos
culpados, porém, lamentavelmente, ninguém havia presenciado o crime. Alguns
dias depois, no dia do festival, o teatro ao ar livre estava repleto para
assistir à “dramatização das Fúrias”, as famosas deusas da vingança. Sem
ninguém saber, os assassinos sentaram na fila mais alta da platéia.
Em marcha
solene, os cantores avançavam vagarosamente, vestidos de mantos pretos, a
carregar tochas luminosas. Seu estranho cântico elevou-se cada vez mais, até
gelar o sangue e o coração de todos no auditório. De repente, um bando de grous
que sobrevoava o teatro, desceu em vôo rasante sobre o local. Da parte superior
ouviu-se um grito de terror: “Olhe
camarada! Olhe! Lá estão os grous de Íbico!” Todos
os olhares se voltaram para aqueles assentos. Por causa do sentimento de culpa,
os homicidas denunciaram a si próprios.
Muitos
podem identificar-se com a narrativa, porque enfrentam uma realidade similar.
Até dizem: “Sinto-me tão
culpado, porque eu...?” Não
se deve esquecer que alguns grãos de areia podem estragar a peça de uma máquina
sofisticada. Da mesma forma, a culpa “não-resolvida” ocasiona tensão emocional
e rouba a felicidade. Além de causar tensões espirituais, uma perda da comunhão
e o medo de Deus.
“O tempo
não cura uma consciência ferida”. Na verdade, o homem pode satisfazer às
exigências do Estado quanto ao crime cometido, mas isso não o livraria do
açoite de um “sentimento de culpa”. Três coisas são necessárias para sua
libertação:
1.“Deve aceitar
ser possível o perdão completo, mediante a morte e ressurreição de Jesus
Cristo”. A Bíblia
declara que a sua morte foi satisfatória a Deus e a pena foi completamente
paga. Portanto, o ser humano tem garantido o perdão dos pecados (Hebreus
10:10-12,14).
2.“Deve
aceitar que Deus esquece quando perdoa. “Também de nenhum modo me lembrarei dos seus
pecados e das suas iniquidades para sempre. Ora, onde há remissão destes, já
não oferta pelo pecado” (Hebreus 10:17-18). Ele a apaga e jamais
traz à lembrança. Na Inglaterra, o Dr. John Wesley White afirma que 95% das
pessoas estão perturbadas mentalmente, porque rejeitaram o perdão divino.
3.“Deve
aceitar a sua própria pessoa, assim como Deus a aceita”. Talvez questione: “Mas o Senhor não sabe a
coisa terrível feita por mim. Não posso perdoar-me”. Não importa quão pequena ou grande
seja a falta: Deus perdoa e esquece. Ele tomou nossos pecados e os lançou sobre
Jesus Cristo. Agora ele recebe o homem através de Jesus. Para sua própria saúde
mental e espiritual, perdoe a si mesmo, livre-se dessa carga, Deus o ama, e
assim gozará de uma verdadeira paz mental. Teacherv
Joani C. P. – TWITTER: @teachervjcp