Na verdade, podemos observá-la pela primeira
vez em 1947, em um poema do inglês Wystan Hugh Auden, que, desiludido com a
humanidade depois da 2ª Guerra Mundial, “criticou
o homem e sua busca sem sentido por significado”. Em 1967, o doutor Aubrey
Julian Lewis, professor do Instituto de Psiquiatria de Londres, a descreveu
como “um estado emocional com a qualidade
do medo, desagradável, dirigido para o futuro, desproporcional e com
desconforto subjetivo”. Hoje, temos mais de 300 mil livros e 100 mil
artigos científicos a respeito do tema, por isso o seu número cresce
diariamente.
Diante dessa carência humana, há mais de dois
mil anos, o apóstolo São Paulo ofereceu a nós uma maneira para combatê-la
quando disse: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; porém, sejam
conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com
ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os
vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus" (Filipenses 04:06-07 ) .
Devido a isso, a oração é o caminho
para nossa liberdade desse mal tão presente no cotidiano do século XXI. Ela foi
o recurso ensinado e praticado por Jesus Cristo ao viver entre nós. De maneira
bem realista, espontânea; uma comunhão singela, a qual resulta em uma paz
interior e a certeza de que Deus está no pleno controle de todas as
circunstâncias da nossa vida.
Ao fazê-la, falemos da preocupação
presente em nosso coração, como quem descarrega para um amigo, todas as
alegrias e dores. Contemos os problemas, a fim de Deus confortar-nos. Narremos
às tentações, porque Ele pode dar proteção; mostremos as feridas da alma, pois
somente Sua ação divina produzirá nossa cura interior.
Além do mais, devemos nunca deixar de
explicar nossas indiferenças, para com o bem, inclinação para o mal e as
instabilidades das nossas emoções. Destaquemos nosso egoísmo, levando a amar
somente a nós mesmos, tornando um ser injusto para com o próximo. Ainda por
cima, nossa vaidade tenta a sermos insinceros e o nosso orgulho nos ‘mascara’,
fazendo conosco algo terrível e não enxergamos quem somos para nós mesmos. Por
isso, os indivíduos ao nosso redor ficam com uma imagem falsa da nossa pessoa.
Portanto, se derramarmos
dessa maneira perante Deus às nossas fraquezas, necessidades e problemas não teremos falta de assunto para
conversarmos com Ele. Além de jamais acabar nosso diálogo, renovando-se
diariamente e as pessoas sem segredos, não medem suas palavras, porque não há
nada guardado consigo e nem precisam procurar coisas para dizer. Assim, falam
do que está cheio o coração, sem parar para uma ponderação, pois expõem seus
pensamentos. Enfim, felizes são aqueles
que conseguem atingir esse grau de familiaridade e profundidade em sua comunhão
com Deus. Teacherv Joani C.P. - E-MAIL: teachervjcp@outlook.com - TWITTER: @teachervjcp