Observemos à orientação bíblica para essas situações: “Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-Lhe suas respostas. Se fizerem isto, vocês terão experiências do que à paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender. Sua paz conservará a mente e o coração de vocês na calma e tranqüilidade, à medida que vocês confiam em Cristo Jesus.” (Carta de São Paulo aos Filipenses 04:06-07 – BV.)
Na época de Jesus Cristo, havia uma preocupação dos líderes religiosos em praticá-la, com a seguinte visão: “Quem ora no interior de sua casa está cercando-a de uma muralha mais forte que o ferro”. Ademais, essa intensidade de fazê-la, deixou de ser algo espontâneo e transformou-se em um ritualismo rígido, rotineiro e pré-fabricado. Os estudiosos daquele momento histórico destacam que “(...) a oração deixou de ser um privilégio, para ser uma obrigação; deixou de ser um gozo na presença de Deus, para ser uma exigência dos homens”.
Diante dessa realidade, no evangelho de São Mateus, capítulo 06, nós entendemos o motivo de Jesus orientar seus discípulos a respeito da maneira correta de fazê-la:
1) NÃO SEJAIS HIPÓCRITAS – “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa”. (São Mateus 06:05). Ela jamais deve ser realizada com o objetivo de sermos vistos pelos outros. Conforme os estudiosos bíblicos, “(...) é um ato particular de devoção, e não uma demonstração pública de religiosidade”. Enfim, uma ação realizada em secreto;
2) NÃO USAR VÃS REPETIÇÕES – “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, porque presumem que pelo muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus,o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.” ( São Mateus 06:07-08). Não há orientação para usarmos palavras especiais ou repetidas. Além do mais, nunca devemos exigir algo de Deus, porque Ele conhece todas as necessidades de seus filhos;
3) NÃO GUARDAR NENHUM RESSENTIMENTO CONTRA NINGUÉM – “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se porém, não perdoardes aos homens ( as suas ofensas), tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (São Mateus 06:14,15). Se desejarmos o perdão divino, necessitamos de uma consciência totalmente limpa, com a nossa oração de confissão. Na verdade, ela muda o nosso ser, porque tem sido uma terapia para combater todas as nossas ansiedades.
Portanto, a verdadeira oração é realista, espontânea, uma comunhão simples e sincera com Deus, o qual responde aos nossos questionamentos interiores. Enfim, uma plena consciência de que Ele está no controle total de todas as circunstâncias da nossa vida. Teacherv Joani C. P. – TWITTER: @teachervjcp