Sua
história artística registra 32 discos gravados em português e espanhol. Ele
fez sucesso no Brasil, mas não se compara aos países, como a Argentina,
Colômbia, Uruguai, Bolívia, Equador e em tantos outros. A
grandeza de sua fama o levou a fazer apresentações no Carnegie Hall e no
Madison Square Garden, em Nova York, nos Estados Unidos. Na década de 90, se
converteu à religião evangélica e, desde então, cantava músicas gospel. Em
1996, lançou a biografia "O pequeno
gigante da canção", pois sua altura era de 1,12m.
No seu velório,
o cantor e amigo Moacyr Franco disse ao portal de notícias Uol: “Ele
sentia muito, não apenas a falta de reconhecimento, mas a falta de respeito. (...)
Ele lotou o Carneggie Hall várias vezes. Tocou no Madison Square com Charles
Aznavour e Tonny Benett na plateia. Quando foi assistir a um show de Ray
Charles, sua presença foi anunciada pelo pianista americano. No Brasil, é
assim: se o artista está fora do circuito da MPB, não toca em lugar nenhum. É
difícil tolerar isso, ainda mais quando estamos falando de um artista da
grandeza de Nelson Ned”.
Na
verdade, a vida do cantor ilustra muito bem a existência humana. Ela tem sido
feita de altos e baixos. O sábio rei Salomão acreditava nisso e analisou as reações
das pessoas nas circunstâncias mais complexas. No seu livro de Eclesiastes, ele
escreveu: “Tudo tem o seu tempo
determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: (…) tempo de chorar
e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria” (Eclesiastes
03:01-04).
O seu
pai, o rei Davi, ficou conhecido como o homem segundo o coração de Deus (Atos
13:22). Contudo , a sua vida mostrou períodos
de altos e baixos. Ele chorou sobre seu primeiro filho com Bate-Seba,
fatalmente doente (II Samuel 12:22) .
Entretanto, também compôs canções de louvor e júbilo (Salmo 126:1-3). Após a
morte de seu filho rebelde, Absalão, passou por um tempo de profunda tristeza ( II Samuel 18:33) .
E, ao trazer a arca para Jerusalém, em alegria espiritual, dançou
perante Deus (II Samuel 06:12-15).
Enfim,
há um desserviço a si mesmo e aos outros quando o cristão retrata sua vida tranquila
e feliz em todos os momentos. Em vez disso, a Bíblia descreve a existência
humana com momentos de altos e baixos. Diante disso, nas épocas de tristezas ou
de alegrias, o ser humano deve buscar a Deus e confiar Nele em todo o tempo, a
fim de atravessá-las com toda segurança. Como cantou Nelson Ned, já na sua fase
gospel: O meu Deus é o Deus do
impossível. É o mesmo hoje e sempre há de ser. O meu Deus é o Deus do
impossível. E fará o impossível por você. (“Deus do impossível” - música e letra da compositora Alda Célia). Teacherv Joani C.P. - E-MAIL: teachervjcp@outlook.com - TWITTER: @teachervjcp