Nos dicionários de
Língua Portuguesa, o verbo “esquecer”
tem o significado de “perder a lembrança
de uma pessoa, de uma coisa ou de um fato triste na existência humana”. Como
descreve tão bem o poeta português Fernando Pessoa: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a
forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos
mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos
ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.
Na verdade, o homem em todas as épocas
vive o perigo de ser tomado por uma intensa dor. Muitas vezes são mágoas
passadas, carregadas com rancores e grandes ansiedades. Ele não consegue esquecer e tortura-se ao
pensar: “Ah, se eu tivesse feito alguma
outra coisa, isso não teria acontecido”. Dessa maneira, permite a culpa e a
condenação crescer dentro de si. Assim, tudo fica ainda mais confuso. Por isso,
nestas horas deve aprender a oração da serenidade: “Senhor, concede-me a força para aceitar as coisas que não posso mudar,
coragem para mudar às que posso e sabedoria para reconhecer a diferença entre
elas”.
Quando a autocondenação
vier, por alguma coisa além do seu próprio controle, o indivíduo necessita praticar
a orientação da primeira carta do apóstolo São Pedro, capítulo cinco, versículo
sete: “Lançando sobre Deus toda a vossa
ansiedade, porque Deus tem cuidado de vós”, e do Salmo cinquenta e cinco,
capítulo vinte e dois: “Confia os teus
cuidados ao Senhor e Ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado”.
Todas as tribulações na memória precisam ser postas diante de Deus, pedindo-Lhe
para removê-las totalmente.
Na primeira carta do apóstolo São João,
capítulo dois, versículo primeiro, existe uma destaque importante: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo
para que não pequeis. Se, todavia alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai,
Jesus Cristo, o justo”. Ao cometer um erro, ninguém esta sozinho, pois
Cristo está presente, servindo como advogado, ao defender a causa do sofredor. Enfim,
o atribulado deve expor a Jesus sua necessidade, confessar seu pecado e
pedir-lhe o perdão.
Além do mais, quando Deus perdoa, é como se a
falta nunca tivesse existido, pois é inteiramente apagada. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus”, conforme a carta do apóstolo São Paulo aos Romanos, capítulo oito,
versículo primeiro. Ao sentir a condenação pelos pecados já perdoados, simplesmente
lembre, não é Deus quem o acusa! Seu amor infinito deseja conceder o perdão
para o ser humano liberta-se deste terrível sentimento.
Portanto, para
aprender a esquecer há carência dos seguintes passos importantes: Admita o
sentimento de culpa; Identifique a sua origem; Perdoe as pessoas integralmente;
Perdoe a si mesmo completamente; Confesse a sua culpa e necessidade a Deus, sem
reservas, receba Dele o perdão e a purificação completa. Em alguns casos, não
há jeito de fazer restituição, em outros faria mais mal à pessoa do que manter
silêncio. Aceite as coisas, as quais não serão alteradas, mas transforme
rapidamente às que podem ser mudadas.
Joani C. P. – E-mail: teachervjcp@outlook.com – twitter: @teachervjcp