Qual a relação entre o bilionário ‘Jay Gatsby’, a personagem
do livro “O Grande Gatsby” de Francis Scott Fitzgerald e à do
pescador ‘Santiago’, do livro “O Velho e o Mar”, de Ernest Hemingway?
Ambos são apresentados nas narrativas literárias norte-americanas à procura de
sua satisfação interior.
Isso faz parte
do gênero humano, conforme descreve o poeta: “Em via de regra, o homem
é um tolo. Quando o tempo está quente, ele quer que faça frio. Quando está
frio, ele deseja que faça calor. Sempre querendo o que não é.” O
apóstolo São Paulo, na sua carta aos Filipenses analisou também o tema quando
disse: “(...) aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Filipenses
4:11).
Diante dessa
colocação, suscita um questionamento importante para a sociedade contemporânea: Seria
possível alcançar a tão desejada satisfação interior? Para ele era
algo real e verdadeiro, pois em Filipenses 04:12-13 oferece detalhes de seu
comportamento em relação à vida: “De tudo e em todas as circunstâncias, já
tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de
escassez; tudo posso naquele que me fortalece.”
Dessa maneira, seu
segredo consistia em um relacionamento com Deus, o qual preenchia o fato de
“ter ou não ter” coisas. A alegria nunca foi com base nas circunstâncias, mas
na sua intimidade com o Criador. Sua lição ainda destaca não ser algo rápido,
mas um aprendizado constante. À medida que a relação se amplia com as
experiências, desenvolve-se uma confiança em Deus, e menos em si mesmo. Ele
estava certo que Jesus Cristo o fortaleceria para não temer nas situações
difíceis em seu caminho (Filipenses 04:13).
Muitos têm objetivos
e existe a necessidade de colocá-los nas mãos divina. Há uma personagem na
Bíblia que ilustra uma atitude sem sabedoria. Ele era chamado de Ló e tomou uma
decisão para satisfazer seus próprios desejos. “Levantou Ló os olhos e
viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada (…) como o jardim do
Senhor (…). Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão…” (Gênesis
13:10-11).
Aquela região
oferecia uma satisfação interior plena e completa, pois era rica e com água
abundante, parecia ser o melhor para sua pessoa e seus familiares. Todavia, o
local estava poluído pela maldade (Gênesis 13:13). Ló perdeu seus familiares e
a herança conquistada em anos de trabalho. Abrão, o seu tio, com uma visão
diferente, ficou feliz em entregar para Deus seus caminhos. Assim, quando o
desejo da vontade divina está acima de tudo, surge o contentamento.
Jesus Cristo depois
de alimentar uma multidão com cinco pães e dois peixinhos (João 06:01-13), o
povo queria muito mais (João 06:24-26). Então, lhes ensinou a batalharem não
somente pela comida física, mas “(…) pela que subsiste para a vida
eterna”. Por isso, convidou a todos para vir até Ele, porque poderia
satisfazê-los interiormente. Ainda hoje, faz o mesmo chamado ao homem do século
XXI: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em
mim jamais terá sede” (João 06:27,35).
Joani C. P. –
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