“Quando eu morrer, simplesmente me coloque em qualquer lugar”. “Não quero ninguém envolvido com preocupações em relação ao meu corpo”. Estes comentários são muito comuns ao referir-se à “morte”, principalmente em ofícios fúnebres. Na verdade, aos fazermos tais declarações, desejamos evitar sua realidade e não entendemos o propósito do funeral. Ele é um processo terapêutico necessário ao enfrentarmos o falecimento dos nossos familiares.
Um famoso escritor, talvez, concedeu uma definição mais clara, para sua necessidade: “Ele prevê um período para a pessoa reinvestir na vida dos que estão ao seu redor, o amor e a afeição devotada anteriormente àquele chamado por Deus para sua presença”. Se falharmos nesta fase, o ódio e a revolta surgirão e uma pergunta estará sempre presente “Por quê ?” Ou até mesmo, culparemos Deus pela tragédia. Entretanto, “se reinvestir este amor e afeição”, às memórias da pessoa falecida permanecerão vivas e reais, e a existência será melhor por atravessar o vale da sombra e da morte. Em momentos de provação, seria importante lembrar que somos responsáveis pela forma como respondemos à dor. Podemos tornar-nos melhores, ou ficarmos amargurados.
O Dr. James R. Hodge, médico do Hospital de Akron, Ohio, nos Estados Unidos, cita dez estágios de tristeza:
1. Choque e surpresa. Nunca estamos preparados para o falecimento de alguém, o equilíbrio emocional foi abalado.
2. Alívio emocional. A tristeza necessita ser expressa para que a cura possa acontecer.
3. Solidão. Um vazio toma lugar após o velório, mas precisamos enfrentá-lo.
4. Desconforto físico e ansiedade. Se os amigos entendem isso e demonstram o conforto com sua presença, torna-se mais fácil superar esta fase.
5. Pânico. A fé em nosso Senhor Jesus Cristo é a melhor fonte de ajuda neste momento. O evangelho de São João 11:25: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.
6. Culpa. Há lembranças de coisas que poderiam ter sido realizadas em favor da pessoa falecida.
7. Hostilidade e rejeição. Agride àqueles, segundo a sua visão, poderiam ter evitado à morte. É uma projeção irracional para evitar os próprios sentimentos de culpa.
8. Desinteresse. Isso acontece várias semanas após a morte, e é provavelmente o período em que ocorre a maioria dos suicídios, motivados pelo desejo de reunir-se ao ente querido na eternidade.
9. Vitória gradual sobre a tristeza. Pode começar quatro semanas após o sepultamento ou às vezes leva doze semanas ou mais.
10. Reajustamento à realidade. “O choque inicial passou”. Este período se estende por até dois anos.
Se entendermos os estágios, somos mais capazes de enfrentar e auxiliar os amigos quando atravessarem a experiência da morte em suas vidas. Teacherv Joani C.P. - Twitter - teachervjcp