Em um tempo não muito remoto, a liderança do lar desejava que seus filhos trabalhassem desde a mais tenra idade. Nas suas prioridades, o estudo estava em um segundo momento. As crianças deveriam crescer rapidamente, a fim de buscar uma direção para suas vidas. Por isso, os pais gerenciavam de forma severa sua educação para (...) “aprenderem um bom comportamento e assimilarem as regras do mundo adulto”.
Em pleno século XXI, houve uma transformação radical. Isso recorda a famosa piada americana do menino “tão levado, mas tão levado” que quando tinha sete anos de idade seus pais fugiram de casa. Ela reflete o quadro dos lares modernos, os quais são marcados pela permissividade e falta de respeito à autoridade. A reclamação torna-se cada vez mais comum: “Cria-se os filhos, oferece tudo e observe como eles nos tratam...?” Se existisse uma reflexão no verdadeiro sentido de “educação”, a família solucionaria os problemas.
Alguns afirmam: “Meu filho atingiu a maioridade, minha missão foi cumprida”. Como se a sobrevivência física fosse de fato o mais importante na formação de uma pessoa. O pior ainda tem sido a cobrança: “Você sabe quanto custa sua universidade?” Jamais ele conseguiria sanar uma dívida de tal tamanho, pois carregará o peso da culpa para o resto da vida. Além de sentir-se um empecilho para toda a família.
Na verdade, oferecer o alimento, zelar das crianças para um crescimento com qualidade de vida não consiste em uma dádiva, mas em uma obrigação, porque foi um compromisso assumido pelo casal ao gerar um novo ser. O valor dos pais não consiste na criação dos filhos, mas em educá-los. A etimologia da palavra provém de dois vocábulos latinos, educare e educere, e significa o "processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano".Conforme o famoso educador Paião destaca: ”(...) os pais são as matrizes que imprimirão na mente e no coração dos filhos um modelo de vida”
Em síntese, a principal lei educacional é o amor em todas as atividades da vida. Não há necessidade de fazer um mestrado ou doutorado. Existem pessoas com pouca instrução, as quais são “especialistas” na “arte de amar e orientar seus filhos”. O ideal seria demonstrar não pelo que ele faz, mas pelo que é na vida familiar. Como afirma o psiquiatra e educador Içami Tiba, em seu livro “Quem ama educa”: “O verdadeiro amor tem que educar a outra pessoa e, para educar, muitas vezes, é preciso ajudar a organizar a vida, ajudar o filho a fazer o que ele é capaz”. Teachervjcp Joani – TWITTER: @teachervjcp