“Aqueles que não sabem chorar com todo o seu coração, também não sabem rir”! (Golda Meir)
Na história universal há biografias marcantes. Dentre elas, destacamos a da primeira-ministra de Israel Golda Meir. Na formação do Estado Israelense, ela enfrentou muitas situações conflitantes, as quais foram marcadas por momentos complexos e difíceis. Por isso, ao questionarem sua definição de “alegria e tristeza”, ela resumiu com o seguinte pensamento: “Aqueles que não sabem chorar com todo o seu coração, também não sabem rir”!
O seu lema remete ao apóstolo São Paulo quando também nos convidou para um cristianismo prático de “choro e alegria”. Todavia, com uma diferença, houve um desafio para estarmos atentos às necessidades dos outros, ao afirmar em sua carta aos Romanos 12:15 : “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.” A vida está cheia de contrastes: tristeza e alegria, derrotas e vitórias. Assim, temos o privilégio de partilhar tudo com as pessoas, porque “atender as necessidades dos outros, reflete Jesus Cristo em nós”.
Isso aconteceu com um jovem de 19 anos que servia o exército americano no Iraque. Em 04 de dezembro de 2007, observou uma granada lançada do alto de um telhado. Ele tentou fugir dela, mas o explosivo caiu dentro do veículo, onde estava com seus quatros colegas. Ele poderia saltar para salvar sua própria vida, mas optou em jogar-se sobre ela e em um ato heróico salvou a vida dos seus companheiros. Um procedimento como este de autossacrifício, pode nos ajudar a compreender por que o apóstolo São Paulo nos destaca à existência de um tipo de amor superior a tudo, na sua carta aos I Coríntios 13:01-03: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. (...)E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”. Em síntese, nós podemos medir o nosso amor por Deus quando demonstramos ao próximo.
Devido à ausência do amor, o cristianismo prático tem enfrentado grandes obstáculos, pelo fato de vivermos em uma sociedade voltada inteiramente para seus interesses pessoais, em detrimento do coletivo. Diante de um quadro similar ao nosso tempo, Jesus narrou uma parábola para nos orientar: “Quem é meu próximo?” (São Lucas 10:29). Ou, quem é digno dos nossos atos de bondade? Então, Ele apresenta os fatos: “Na estrada entre Jericó e Jerusalém, um homem foi roubado, sofreu agressões e foi abandonado à beira dela. Os religiosos passaram pelo local e nem deram importância para o sofredor. Todavia, um samaritano sentiu compaixão e o socorreu”.
No momento, em que Cristo conta o incidente, os judeus devem ter analisado muito bem seu ensino, pelo fato de desprezarem os provenientes de Samaria. Diante daquele homem em sofrimento, o samaritano poderia não demonstrar compaixão, porque o assaltado era de origem judaica. Entretanto, não colocou limites em seu comportamento solidário àqueles considerados digno por ele. Ao invés disso, olhou para um ser humano carente de auxílio e foi ao seu socorro. Como cristãos devemos demonstrar solidariedade, mesmo para os nossos inimigos. Enfim, em uma vida de cristianismo prático, “o nosso “amor” por Jesus Cristo é tão real quanto o “amor” que demonstramos ao nosso próximo”.
Teacherv Joani C.P. - TWITTER: @teachervjcp