“O dinheiro não traz felicidade, mas não há dúvida que melhora a disposição de nossos credores”. (C. S.)
Não desejamos estimular a cobiça de ninguém, mas ele tem um papel importante em nossas vidas. Principalmente, com o calor do materialismo, o qual se faz presente em todo lugar. Diante disso, nos lembramos de Joe Louis, o famoso campeão estadunidense de pesos pesados, quando disse: “Na verdade, não gosto de dinheiro, mas ele me acalma os nervos”.
Ao estudarmos os textos bíblicos, temos uma enorme surpresa do quanto falam a seu respeito. Todavia, jamais colocam ênfase de que o dinheiro oferece segurança ao ser humano: “Não te fatigues para seres rico; não apliques nisso a tua inteligência. Porventura fitarás os teus olhos naquilo que não é nada? Pois certamente a riqueza fará para si asas,com a águia que voa pelos céus”. (Provérbios 23:04-05)
Não podemos afirmar que seja um mal em si ou concordar com a famosa citação: “Deus ama os pobres e odeia os ricos”. Em toda a Bíblia encontramos muitos personagens como Abraão, José, Jó, Davi, Salomão e tantos outros, com um ótimo poder aquisitivo. A orientação bíblica sempre ressalta a desaprovação divina a uma lucratividade corrupta, ao enriquecimento por meios ilícitos e a falta de compaixão em favor dos carentes e necessitados.
Entretanto, observamos em nossa sociedade que tanto os ricos como os pobres sofrem da mesma enfermidade, ou seja, “a inveja dos outros e a ganância de sempre querer mais”. Por isso, o apóstolo São Paulo afirma: “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem cousa alguma podemos levar dele; tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (I Timóteo 06:06-10)
O grande segredo segundo o apóstolo São Paulo é a piedade, “um caminhar constante com Deus”, mais contentamento, “uma satisfação e paz interior”, igual à grande lucro, ou seja, a verdadeira riqueza. “Estar contente com a nossa situação é uma arte que devemos aprender, e não uma virtude com a qual nascemos”! A satisfação interior jamais decorre de coisas externas. Como diz o sábio grego: “Quem não se satisfaz com pouco, não se satisfaz com nada”. Nada temos trazido para o mundo, e nada podemos levar dele. Nunca participamos de um funeral em que o caixão foi acompanhado por um caminhão de mudanças.
Na peça de William Shakespeare “Rei Henrique VI”, o rei anda sozinho pelo seu reino e encontra dois homens, o quais o reconhecem. Então um deles pergunta: “Mas se tu és o rei, onde está tua coroa?” O rei responde magistralmente: “Minha coroa está no coração, e não na cabeça; Não é adornada de diamantes nem de pedras indianas. Não é visível; minha coroa chama-se contentamento; É uma coroa que poucos reis a possuem”.
Portanto, para administrar bem nossas finanças, precisamos perceber os verdadeiros valores da existência humana, e a suprema importância de se estar contente com o que temos, em vez de sentir-se insatisfeito e sempre a buscar mais. Além disso, nunca depositar a esperança na instabilidade das nossas posses. Enfim, pensemos em algo ensinado pelos nossos pais – “O DINHEIRO PODE COMPRAR: 1)o remédio, mas não a saúde; 2) a companhia de pessoas, mas não amigos; 3) as diversões, mas não a felicidade; 4) o alimento, mas não o apetite; 5) uma cama, mas não o sono; 6) um crucifixo, mas não o Salvador e uma boa vida, MAS NÃO A VIDA ETERNA.
Teacherv Joani C. P. – TWITTER: @teachervjcp