Se fizéssemos uma avaliação pessoal, o que
apareceria em nossos pensamentos? Na verdade, nós tivemos numerosas
experiências, mas um questionamento não poderia faltar ao balanço pessoal: “Todos os acontecimentos inesperados nos
levaram a questionar ou a sentir mais profundamente a bondade de Deus”?
Diante de um olhar no espelho retrovisor da
vida, a resposta vem logo aos lábios. Nele podemos perceber melhor “a permissão e a ação de Deus” para
passarmos por determinadas situações. Além do motivo de pôr e tirar certas
pessoas ou circunstâncias específicas em nossos caminhos. Então, observamos que
em todos os momentos, jamais faltou o Seu socorro para superar as dificuldades.
Além do mais, ao refletirmos como sempre nos
conduziu através das “(…) obras das tuas
mãos”, temos maior clareza sobre os caminhos sábios e amáveis de Deus (Salmo 92(91):4). Da mesma forma, como o salmista, nos
alegramos em ver o quanto o poder divino auxilia, direciona e administra tudo
com tanta fidelidade (Salmo 111(110)).
Já no salmo 77(76), temos o lamento de um ser
aflito com a impressão de que Deus não mais se importava com ele, como alguns
de nós muitas vezes (vv.7-9). “Cessou
perpetuamente a sua graça? Caducou a sua promessa para todas as gerações?”
(v.8). Ainda assim, mesmo em angústia, o escritor diz: “Recordo dos feitos do Senhor, pois me lembro das tuas maravilhas da
antiguidade” (v.11). E o resultado
foi uma renovação de esperança e confiança: “Tu
és o Deus que operas maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu
poder” (v.14).
Ao iniciarmos um novo ano, há em nós aquele
sentimento de perdido quanto aos direcionamentos da nossa existência, pois
alguns deles até parecem confusos, nebulosos e mesmo assustadores. No entanto,
façamos uma reflexão de 2014, e vamos notar que Deus cumpriu sua promessa o ano
inteiro: “(…) De maneira alguma te
deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim afirmemos confiantemente: O Senhor
é o meu auxílio, não temerei (…)” (Hebreus 13:5-6).
Enfim, ao recordarmos, por que não escrever
os acontecimentos significativos? Não tenhamos medo de incluir os problemas, as
decepções e também de registrar todos os momentos da intervenção divina. Desse
modo, perceberemos que em meio às experiências mais complexas, sempre tivemos a
fidelidade divina. Por isso, poderemos desfrutar tranquilamente de 2015 com a confiança
máxima, pois “a orientação de Deus no
passado nos encoraja para o futuro”.