Em primeiro lugar, os profissionais nos colégios necessitam de ética de
comportamento nas instituições de ensino. Sua primeira atitude ao
ingressar no espaço de trabalho é desligar os aparelhos ou mantê-los no modo
silencioso, a fim de que sua existência virtual não interfira em suas práticas
pedagógicas. Dessa forma, serão modelos no manuseio dos telefones celulares aos
seus aprendizes.
Além do
mais, as múltiplas opções dos mais modernos modelos interferem em sala de aula
na concentração dos alunos. Assim, caberia à equipe gestora das escolas e
especialmente aos professores, uma conscientização da importância de
desativá-los nas horas de estudo. Além de não usá-los para atitudes inadequadas
como enviar respostas das avaliações para os seus colegas.
No
entanto, nos intervalos todos poderão utilizar os aparelhos com o propósito de
verificar mensagens, ouvir suas músicas, entrar nas redes sociais e outras
atividades virtuais. Todavia, precisa haver um cuidado especial para não
adquirir o vício de conferi-los a todo instante. Segundo o psiquiatra Cristiano
Nabuco, alguns sintomas de dependência são “ter
a impressão de que o celular está tocando” e “não se desconectar do celular nos
horários de lazer”.
Diante
disso, os educadores observam que os estudantes estão tão habituados aos meios
tecnológicos e os usam sem perceber nas classes como o fazem no seu cotidiano
diário. Para o supervisor pedagógico de Brasília, Carlos da Costa, os pais
também têm também um papel primordial no processo de conscientização – “Vem deles boa parte das ligações
que interrompem as aulas.” Assim, há uma enorme queda na aprendizagem.
Portanto,
caberia aos educadores orientarem o alunado na maneira correta de
utilizar o celular, porque “a
tecnologia deve estar aliada à educação para aproximar o professor/aluno”.
Isso é bem exemplificado no estado de São Paulo com o projeto experimental
Palma (Programa de Alfabetização na Língua Materna) que usa aplicativo de
celular. Os estudantes do EJA (Educação para jovens e adultos) ganham smartphones
para realizarem suas tarefas da empresa patrocinadora. Segundo Gabriella
Bighetti (diretora de programas sociais da Fundação Telefônica | Vivo): “(...) a tecnologia pode
transformar o processo educativo. Temos mais celulares que pessoas no país, e
os smartphones estão ficando cada vez mais baratos. É questão de tempo para
eles estarem nas mãos de todo mundo". Teacherv Joani C.P. - Twitter: @teachervjcp - E-mail:
teachervjcp@out.look.com