Nem
a presidente do país tem mais a mesma influência de seus antecessores. Todos
estão dispostos a contestar e a resistir à menor provocação. Isso recorda a
experiência de um professor de matemática que em uma aula de 50 minutos,
somente lecionava 10, porque os outros 40, eram usados para a solução dos
problemas de indisciplina.
No
ano passado, uma professora de história informou ao colégio que iria
aposentar-se. A equipe gestora foi tomada de surpresa, porque tinha consciência
de seu amor ao ensino e questionou o porquê de sua atitude. Então, ela respondeu:
“Não quero passar mais um ano suportando
as pressões, antes, nós os professores tínhamos autoridade dentro de sala de
aula, quando era questionada contávamos com o apoio da sociedade. Mas agora
isso não acontece mais”.
Isso
recorda a entrevista do astronauta Charles Moss Duke, Jr. sobre a missão da
Apolo 16, ao descrever o uso do veículo lunar e de sua caminhada na superfície
do satélite. Naquela oportunidade foi questionado: “Vocês não poderiam tomar algumas decisões por si mesmos, ou realizar
algumas experiências pessoais?” Ele sorriu e disse: “Claro que poderíamos se não quiséssemos voltar a terra”. Na
verdade, o espírito de desobediência não cabe dentro de um macacão espacial.
O
tema ainda remete ao famoso teólogo, músico e médico Albert Schweitzer
(1875-1965), prêmio Nobel da Paz de 1952. Depois de formar-se em medicina, foi a
Lambarene no Gabão, na África. Lá fundou um hospital para servir a hansenianos
e sem infraestrutura trabalhou o resto de sua vida. No meio de suas atividades,
teve tempo para escrever e o seu principal livro intitula-se “Respeito diante da vida”. Segundo ele,
é o eixo articulador de toda ética. Assim, concluiu sua obra: “quando o ser humano aprender a respeitar
até o menor ser da criação (...) seja animal ou vegetal, ninguém precisará
ensiná-lo a amar seu semelhante; (...)”.
Essa
falta de respeito analisada por Albert Schweitzer está tão presente nos espaços
sociais contemporâneos. Diante dessa realidade, o único local a fazer frente a
ela é a família. Os estudiosos observam sua origem (...) “na Infância – num lar onde os pais negligenciam o controle da
autoridade, a criança se desenvolve com uma natureza rebelde. Depois, na adolescência
– convivendo com coleguinhas resistentes ao controle da autoridade, o
adolescente tenderá a assumir um espírito de rebeldia. Se não houver uma
correção, as consequências virão na Idade adulta”.
Portanto,
se os lares estiverem sob a direção de Deus, haverá respeito entre as pessoas e
harmonia social, conforme o ensinamento bíblico: “Rogo
igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no
trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste
aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça. Humilhai-vos,
portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos
exalte, lançando
sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (I Carta
de São Pedro 05:05-07) Teacherv Joani C.P. - TWITTER: @teachervjcp - E-MAIL: teachervjcp@outlook.com