Em um momento histórico, um homem
escreveu a respeito da juventude: "Os jovens de agora amam o luxo.
Comportam-se mal, desacatam a autoridade, e mostram desrespeito pelos mais
velhos. Já não se levantam quando os mais idosos entram na sala. Contestam os
pais, conversam diante das visitas, avançam na comida à mesa, e tiranizam a
vida dos professores". Muitos devem pensar: “O discurso
foi feito na semana passada, na reunião de Pais e Mestres, em uma escola
pública ou particular”. Não! Elas são palavras do filósofo grego
Sócrates, pronunciadas há mais de 300 anos antes de Cristo. As coisas não
tiveram alterações, porque as pessoas sempre olharam a vida de um ponto de
vista negativo.
Há 200 anos, quando o guarda-chuva
começou a ser visto pela primeira vez nas ruas, grupos religiosos de Londres se
enfureceram e tentaram banir aquele objeto. O argumento apresentado era muito
simples: “Os homens estão interferindo na vontade divina de fazer com
que se molhem”. Sempre foi natural resistir à mudança e aprisionar-se ao
mundo negativo. Em muitos casos torna-se a única coisa, à qual desejam ver. Na
verdade, o ser humano esquece que há um lado claro em qualquer situação, um sol
brilhante por trás das nuvens mais escuras, em meio às terríveis tempestades.
Muitas vezes, os indivíduos se mostram
negativos de imediato, porque estão sempre prontos a criticar. As críticas são
justificáveis ou visam a rebaixar os outros em compensação pelos nossos próprios
complexos de inferioridade? De dentro do seu carro, na estrada, um casal viu um
homem velho, a capinar um jardim, sentado em uma cadeira. O marido virou-se
para a mulher e observou: "É o cúmulo da preguiça". De
repente sentiu um nó na garganta , quando percebeu um par de muletas no chão,
ao lado da cadeira.
Uma das chaves para deixar de se ter uma visão negativa começa ao colocar em
prática o conselho do Apóstolo São Paulo: "Revesti-vos de bondade
(...) perdoai-vos mutuamente (...), assim como o Senhor vos perdoou, assim
também perdoai-vos" ( Carta de São Paulo aos Colossenses
03:12,13). Se houver raiva, perdoe! Se houver ressentimento, perdoe! Se houver
amargura, perdoe! Ouça o eco da cruz de Jesus Cristo: "Pai
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem".
Alguns missionários há alguns anos
atravessaram na Libéria, África Ocidental, uma selva, seu objetivo seria
visitar a colônia de leprosos. Foi uma aventura a viagem em meio aos
perigos do local. Seus sofrimentos não se comparavam com a visão do local. Os
doentes estavam sem partes dos corpos, com seus rostos distorcidos e muitas
feridas abertas, as quais eram tratadas pelas enfermeiras. A surpresa é que ali
junto estavam os seus familiares, aquilo era a vida deles. Todos os dias se reuniam
na capela para cantar e orar, uma das orações que os religiosos nunca
esqueceram, feita por um dos doentes: "Obrigado, Senhor, por me
trazeres a este lugar. Obrigado, Senhor, por permitires que eu viva no meio
desta gente bonita". O nome do local era o mais adequado, Nova
esperança e fez com que as palavras do apóstolo São Paulo tivessem ainda mais
vida: "Porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação"
(Carta de São Paulo aos Filipenses 04:11). Teacherv Joani C.P. - E-MAIL: teachervjcp@outlook.com - TWITTER: @teachervjcp